No que tange às questões voltadas aos seus pilares de trabalho, o TrilhaZ baseia-se em materiais produzidos por órgãos de normatização técnica, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), além de estudos que envolvem a classificação de trilhas ecológicas, com vistas a mapear as trilhas existentes na região da Serra da Mantiqueira, no entorno da Unifei. Desse modo, o projeto segue os princípios da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. No entanto, uma das dificuldades já observadas no processo de classificação de trilhas, é entender a terminologia da área. A ABNT faz uso da palavra “trilha” na NBR 15505-2:2019, que se refere à classificação de percursos de caminhada em turismo de aventura, definindo o termo como “via estreita, usualmente não pavimentada e intransitável para veículos de passeio”. Destacando-se a característica de transitabilidade, ressalta-se que o documento “Glossário de Termos Técnicos Rodoviários”, publicado em 1997 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNER), definiu “trilha” como um “caminho estreito, destinado principalmente ao trânsito de pedestres”. A NBR supracitada, apesar de referir-se à prática de caminhada em determinados percursos, apresenta também a definição de “trilha de passagem individual”, a trilha em que só é possível passar uma pessoa ou bicicleta por vez. Com essa definição, pode se afirmar que há ainda pontos obscuros na definição do termo. Outras normas da ABNT vão se referir a termos como “turismo fora de estrada”. Em que se destacam vias convencionais e não-convencionais. Assim, tendo como problema fundamental o comportamento das unidades lexicais da área e sua manifestação em documentos norteadores para o estabelecimento de leis e normas, e como forma de organização sistemática e metodológica, bem como para amparar os trabalhos do TrilhaZ, propõe-se neste projeto de pesquisa um estudo da terminologia da área de trilhas.